A dengue, uma doença viral transmitida principalmente pelo mosquito Aedes aegypti, tem assolado o Brasil com uma intensidade alarmante.
Segundo dados recentes do Ministério da Saúde, o país já registrou 512.353 casos prováveis de dengue, e a estimativa da Fiocruz aponta para um cenário ainda mais preocupante, com até 5 milhões de casos previstos para este ano.
Diante dessa realidade, torna-se imprescindível uma ação imediata e eficaz para conter a propagação dessa epidemia.
Entendendo a epidemia de dengue
Uma epidemia é caracterizada pelo aumento significativo no número de casos de uma doença em uma determinada região, sem atingir proporções globais.
No caso da dengue, considera-se que há uma situação epidêmica quando são registrados mais de 300 casos para cada 100 mil habitantes.
No estado de São Paulo, por exemplo, já foram confirmados mais de 34 mil casos apenas este ano, evidenciando a gravidade da situação.
O que é dengue e como se transmite
A dengue é uma doença viral transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, sendo mais comum durante o verão, especialmente em regiões tropicais, onde o mosquito encontra condições ideais para se proliferar.
Quando o mosquito infectado pica uma pessoa saudável, essa pessoa se torna um hospedeiro do vírus, podendo transmiti-lo a outras pessoas por meio de novas picadas.
Sintomas e diagnóstico
Os sintomas da dengue podem variar de leves a graves e incluem febre alta e repentina, dor de cabeça intensa, dor muscular e nas articulações, dor atrás dos olhos e sensação de cansaço extremo.
Em casos mais graves, a doença pode evoluir para a dengue hemorrágica, caracterizada por sangramentos nas gengivas e fezes, o que pode representar um risco de vida.
O diagnóstico da dengue envolve uma combinação de sintomas, exames laboratoriais e avaliação médica.
Prevenção: a importância da eliminação de criadouros
Estima-se que aproximadamente 75% dos focos do mosquito Aedes aegypti estão dentro das residências.
Portanto, a eliminação de criadouros é fundamental na prevenção da dengue.
Isso inclui medidas simples, como não deixar água parada em recipientes como vasos de plantas, pneus e garrafas, além de manter caixas d’água devidamente tampadas e limpas.
Repelentes: uma arma na prevenção
O uso de repelentes também é uma medida eficaz na proteção contra a dengue.
No entanto, é importante escolher um repelente adequado, pois nem todos são eficazes contra o mosquito Aedes aegypti.
Os repelentes com os ativos icaridina, IR3535 e DEET são recomendados para prevenir a picada do mosquito da dengue.
É importante observar a concentração e a frequência de aplicação, especialmente em crianças e gestantes.
Medicamentos contraindicados na dengue
Um ponto crucial na conscientização sobre a dengue é a precaução quanto ao uso de certos medicamentos, que podem agravar os sintomas da doença e aumentar o risco de complicações.
Medicamentos como aspirina, AAS, ibuprofeno, nimesulida, prednisona, hidrocortisona e ivermectina devem ser evitados por pacientes com dengue ou suspeita da doença, pois podem interferir na coagulação sanguínea e agravar os sangramentos associados à dengue hemorrágica.
Juntas contra a dengue
Diante do cenário alarmante da epidemia de dengue, é crucial que cada indivíduo assuma sua responsabilidade na prevenção e controle da doença.
Medidas simples, como eliminação de criadouros, uso de repelentes adequados e precaução no uso de medicamentos, podem fazer a diferença na redução dos casos de dengue e na proteção da comunidade.
É fundamental que todos estejam conscientes dos riscos e ajam de forma colaborativa para combater essa grave ameaça à saúde pública.
Por isso, é essencial que a Comunidade do Bonita Sem Filtro esteja informada e engajada na prevenção da dengue, adotando medidas práticas em casa e compartilhando informações com amigos, familiares e vizinhos.
Juntas, podemos superar essa epidemia e proteger nossa comunidade.