A autoaceitação é um sentimento essencial para que possamos viver bem. Ela faz parte de um relacionamento gentil conosco mesmos, pautado no respeito e na habilidade do acolhimento de quem mais importa: nós mesmos.
A autoaceitação tem um grande impacto em nossa vida como um todo. Essencial para nosso bem-estar psicológico, a falta dela pode trazer problemas de ordem física inclusive. É por isso que trouxemos esta pauta aqui para o Bonita sem Filtro.
Nosso propósito é contribuir para que cada um seja mais gentil consigo mesmo. E para estarmos bem conosco mesmos precisamos entender e acolher nossas falhas, erros e também frustrações. Afinal de contas, é sempre muito melhor amarmos a nós mesmos, a casa em que habitamos, não é mesmo?
Autoaceitação e autoestima: parecidos, mas não iguais
Autoaceitação e autoestima são palavras semelhantes, mas de significado diferente. No entanto, de alguma forma, elas se completam. Porém, para desenvolver essa ideia, é preciso entender exatamente a respeito do que cada uma fala.
O que é autoestima
A autoestima tem a ver com a forma como cada pessoa enxerga a si mesma e seu valor. Ela tem a ver com o quanto apreciamos a nós mesmos.
Praticamente tudo o que acontece em nossa vida forma as crenças com as quais nos avaliamos. Podemos nos “medir” com réguas diferentes, como por exemplo: aparência física, ações, vitórias e derrotas, sucesso ou fracasso e relacionamentos em geral.
Cultivar uma boa autoestima é muito importante, pois seu impacto acontece em diversos aspectos da nossa vida. Nesse sentido, uma boa autoestima – ou o contrário – irá impactar diretamente nossa carreira e relacionamentos. Além disso, ela é ingrediente essencial no tratamento de transtornos psicológicos diversos.
Quando a autoestima falta, a sensação de incapacidade toma conta. Acreditamos não sermos capazes de ter sucesso no trabalho ou no amor e, muitas vezes, agimos de forma a reafirmar isso. O resultado é que acabamos realmente tendo problemas no trabalho e nos relacionamentos por conta dessas crenças.
No entanto, quando cultivamos nossa autoestima de forma que ela seja positiva, a história é outra. Nos sentimos capazes de tudo e o céu é o limite! Conseguimos resolver problemas e situações adversas de forma eficiente e assertiva. E, por isso, todos os aspectos da nossa vida acabam sendo positivamente impactados por essa sensação de poder.
O que é autoaceitação
A aceitação tem seus pontos de semelhança com a autoestima. Mas ela tem mais a ver com a forma como cada um se sente consigo mesmo. Na autoaceitação nos amamos de forma completa, com nossos erros e acertos, pontos positivos e negativos, traços de personalidade, pensamentos, emoções, falas. Nos amamos como somos agora, sem focar em quem já fomos ou quem desejaríamos ser.
Quando nos “autoaceitamos”, dedicamos mais tempo a cuidar de nós mesmos. E esse cuidado diário, assim como o regar de uma plantinha, vai nos tornando mais fortes e resilientes.
O exercício da autoaceitação pede que tenhamos mais gentileza e compaixão para conosco mesmos.
Nesse sentido, perdoar-se faz parte natural desse processo. E, quando erros e falhas acontecem, olhamos para eles de forma mais assertiva, sem que isso mine nosso carinho por nós mesmos.
Quando nos aceitamos da forma que somos, também passamos a fazer escolhas melhores na nossa vida como um todo. E isso nos leva a um caminho de mais sucesso também, seja no trabalho, nos relacionamentos ou na saúde. O caminho para o sucesso acaba mais leve.
Ser gentil e compassivo com outras pessoas também nos ajuda no processo da autoaceitação. Quando olhamos os outros com menos julgamento, percebemos que todos são imperfeitos, passíveis de erros e falhas, e vivem suas lutas também.
E se você consegue ter esse olhar mais gentil para com os outros, também fica mais fácil direcionar essa gentileza a você.
Autoestima x autoaceitação: quando ambas se completam

Como pudemos ver, autoestima e autoaceitação não são a mesma coisa. A autoestima, por exemplo, é reforçada através de nossas conquistas.
No entanto, quando falhamos, ela acaba muito fragilizada. É aí que a autoaceitação entra, nos ajudando a reforçar nosso valor.
Ao contrário da autoestima, na autoaceitação nós não dependemos nem dos elogios, nem da aceitação dos outros. Tudo o que importa é a visão que nós temos a nosso respeito, o quanto nos sentimos bem em nossa própria pele.
Tanto a autoestima quanto a autoaceitação são desenvolvidas ao longo da vida. Vamos aprendendo a cada passo, e construindo-as algumas vezes mais rapidamente, em outras vezes mais lentamente.
Neste processo, no entanto, o importante é manter a construção em andamento.
Não dá pra fingir autoaceitação
Muitas pessoas têm dificuldade de se mostrar para o mundo como são. Dessa forma, maquiam a própria vida, apresentando apenas recortes de si mesmas. No entanto, negar a si mesmo não só não traz a felicidade, como piora diversos conflitos internos.
Afinal de contas, se vive sempre em conflito entre o que se é e o que se deseja ser.
O resultado desse tipo de conflito pode ser muito ruim. A saúde mental se deteriora e surgem diversas condições como a depressão, a ansiedade, aquela sensação de vazio e a falta de vontade de viver. É muito difícil cultivar uma boa autoestima dentro deste cenário.
É por isso que buscar a autoaceitação pode ser o que falta para sua vida fazer total sentido. Essa busca pode ser feita de diversas formas como, por exemplo, através do atendimento psicológico.
Exercitando a autoaceitação – 6 passos para esta jornada incrível

Quem se aceita do jeitinho que é, também desenvolve outros aspectos importantes. Afinal de contas, a autoaceitação melhora nossa autoestima, autoconfiança e autoimagem.
Mas veja bem, aceitar-se não tem nada a ver com conformar-se. Contudo, a autoaceitação é o caminho certeiro para aceitarmos nossas imperfeições e nos livrar do medo dos nossos defeitos e nossos erros.
Quando perdemos o medo, fica também mais fácil reparar erros que tenhamos cometido no passado. Ficamos em paz para melhorarmos e evoluirmos.
É claro que o processo de autoaceitação não é um processo fácil, nem rápido. Não é uma viagem curta, mas uma jornada repleta de altos e baixos – e é preciso entender que isso faz parte do processo. Veja abaixo 6 passos para uma jornada de autoaceitação:
1. Pense sobre sua dificuldade em se aceitar como é. Reflita sobre os motivos que levam a esta dificuldade. É a forma como você se vê? É algo que te disseram ou fizeram no passado? Pensar a respeito pode nos ajudar a ter respostas importantes.
2. Identifique sua personalidade. Aposte em um encontro consigo mesmo. Avalie seus aspectos negativos, mas também os positivos. Entenda quem você é.
3. Trabalhe para aumentar sua autoestima. Foque nos seus pontos positivos e conquistas. Veja seu lado bom. Reconheça e valorize suas conquistas. Não se compare!
4. O que os outros pensam é… somente o que os outros pensam. Ignore comentários maldosos e depreciativos. Deixe cada um com seu próprio veneno.
5. Invista no desenvolvimento da sua inteligência emocional. Ter inteligência emocional é saber manejar suas emoções de forma adequada. É não supervalorizar os problemas e reagir a cada um na medida ideal – sem exageros.
6. Faça terapia. A jornada de autoaceitação é longa e difícil. Mas ela pode ser mais fácil quando temos alguém para nos ajudar nesse processo.
Seja como for, pudemos ver que a autoaceitação, acima de tudo, é uma forma de ter um olhar mais gentil para nós mesmos. Esse olhar mais gentil nos faz nos aceitar da forma que somos: um combo formado por erros e acertos, pontos positivos e negativos também.
Através desse olhar compassivo podemos nos desenvolver como seres humanos cheios de possibilidades. Rumamos ao sucesso com mais tranquilidade – e efetividade também. E desenvolvemos atitudes diárias de autocuidado, de diversas formas: cuidados com o corpo, com a pele, com a mente, com o outro.
Aceitar a si mesmo pode ser a chave para uma vida plena de amor e realizações.
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